Hospital da Mulher inaugura ambulatório especializado para trans e travestis
Assecom Governo Cidadão com informações da SESAP31/01/2023
Espaço oferece atendimento de medicina da família, com os profissionais de diversas residências da Uern
Mais um setor do Hospital da Mulher Parteira Maria Correia em Mossoró foi inaugurado. O Ambulatório Trans e Travesti da Unidade teve suas funções iniciadas na tarde desta segunda-feira (30), numa parceria administrativa e acadêmica entre a Secretaria de Saúde Pública (Sesap) e a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern). A unidade hospitalar foi inaugurada oficialmente em dezembro passado.
O espaço oferece atendimento de medicina da família, com os profissionais de diversas residências da Uern – seguindo a linha de cuidado que já é adotada pelo Ambulatório LGBTQIA+ da Faculdade de Enfermagem –, além de ginecologia, urologia, endocrinologia, psiquiatria, dentre outras especialidades que são necessidades desse público.
Conforme a diretora de gestão acadêmica hospitalar da Universidade, Hosana Mirelle, a estimativa é que com a abertura das demais etapas do Hospital da Mulher, o ambulatório passe a oferecer o pré e pós-operatório e as cirurgias do processo transexualizador, com a mastectomia e histerectomia, além da harmonização e dispensação de medicamentos.
Os atendimentos especializados são voltados à população trans e travesti dos mais de 60 municípios da região, e o acesso a esses serviços são regulados a partir das Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos municípios abrangidos pelo Hospital da Mulher, e do ambulatório LGBTQIA+, da Faen. “Também estamos de portas abertas para a demanda do dia, fazendo o acolhimento de pessoas transexuais e travestis, e dependendo do caso, encaminhando para a demanda específica”, explica.
Para a reitora Cicília Maia, o ambulatório representa mais um importante espaço que fortalece a parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) e a Uern. “É uma satisfação muito grande inaugurar esse espaço, que é de suma relevância para a população trans e travestis. Quero parabenizar toda a equipe envolvida no trabalho para que o ambulatório pudesse acontecer”, declara.
“Temos muitas dificuldades em encontrar serviços especializados nas unidades de saúde pública, e também nem sempre encontramos profissionais com empatia para atender às demandas. Por isso, essa unidade é muito importante. A nossa população é minoria, e requer mais atenção na garantia do direito de acesso à saúde de qualidade”, finalizou Tony Gabriel, o primeiro paciente do ambulatório.