Governo inicia obras de recuperação da barragem de Lucrécia
Assecom Governo Cidadão20/05/2022
Com a reestruturação, Governo do Estado resolverá de maneira definitiva problema antigo do reservatório
As obras de recuperação da barragem de Lucrécia acabaram de começar. O Governo do Estado, por meio do Projeto Governo Cidadão e Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), vai reestruturar os dois barramentos e resolver de maneira definitiva a instabilidade encontrada pelos especialistas do Painel de Segurança de Barragens em 2019. Os investimentos somam R$ 13 milhões, com recursos oriundos do empréstimo junto ao Banco Mundial, e a empresa tem seis meses para concluir a obra.
Nesta sexta-feira (20), o Consórcio EIT/Encalso, contratado pelo Governo para fazer a reestruturação, concretizou uma etapa importante do processo: a abertura de um canal no sangradouro, necessário para garantir a segurança do reservatório e da população durante a recuperação das paredes. A área foi isolada durante todo o processo de abertura, os moradores mais próximos retirados momentaneamente do local, e diversas ações de comunicação foram realizadas nos dias que antecederam a intervenção para informar a população.
Paralelamente às obras de recuperação da barragem, está em curso desde o ano passado um Plano de Ação de Emergência (PAE) no munícipio, obrigatório pela Política Nacional de Segurança de Barragens e executado pela Semarh, Projeto Governo Cidadão, Coordenadoria de Defesa Civil Estadual em parceria com a Prefeitura de Lucrécia. Ao mesmo tempo que a obra acontece, estão sendo instaladas placas de sinalização que vão informar aos moradores sobre medidas de segurança.
“Desde o ano passado o Governo do Estado vem trabalhando de maneira integrada no PAE da barragem de Lucrécia, e agora chegamos a uma das etapas mais importantes, que é a obra de recuperação. A gestão está empenhada em fiscalizar o cumprimento do cronograma por parte das empresas, e graças ao esforço e sensibilidade do Governo, esse problema antigo será resolvido, levando segurança e tranquilidade à população local e da região”, destacou o secretário de Infraestrutura e coordenador do Projeto Governo Cidadão, Gustavo Coelho.
O coordenador do PAE e de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos da Semarh, Helder Araújo, ressaltou que após a instalação das placas de sinalização e, posteriormente, de sonorização, os moradores de Lucrécia serão treinados para lidar com situações de emergência. “Mas é importante destacar que se trata de um trabalho preventivo, a população não precisa se assustar. A barragem não corre risco atualmente e não correrá quando a obra for concluída, mas as ações do PAE precisam ser cumpridas para nos adequarmos à legislação vigente”, disse.
Saiba mais A barragem de Lucrécia tem quase 90 anos e é de responsabilidade do Governo do Estado. Para se adequar à Política Nacional de Segurança de Barragens e atender as recomendações dos consultores do Painel de Segurança contratados pelo Governo, a gestão está tomando uma série de medidas preventivas, entre elas a execução de um Plano de Ação de Emergência (PAE). Após visita dos especialistas em 2019, foi detectado um indicativo de instabilidade nos dois barramentos e recomendada a realização de obras complementares, que acabaram de começar e devem ser concluídas em seis meses.
Atualmente o reservatório opera em torno de 30% de sua capacidade, percentual necessário para garantir a segurança do manancial e da população. O Igarn está monitorando a barragem e fez a instalação de piezômetros, equipamentos capazes de medir e avaliar a infiltração da água nos dois barramentos. Também está sendo monitorado o volume de água armazenado, as precipitações pluviométricas e comportamento da estrutura dos maciços.
Sobre o PAE Desde o ano passado que o Governo do Estado atua de maneira integrada para implantar o PAE em Lucrécia. Além de reuniões e rodas de conversas para informar à população sobre a situação da barragem e importância do PAE, foram realizadas diversas ações educativas de conscientização e de comunicação social, como seminários de orientação, cadastramento de mais de 300 famílias que moram no entorno da barragem, campanhas de comunicação e criação e divulgação de canais para responder questionamentos.