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As 16 famílias que integram a Associação da Agrovila de Furnas, situada no Assentamento Lagoa Nova II, no município de Riachuelo, estão vivendo uma das maiores expectativas de suas vidas. Há pouco mais de um mês foi dado início às obras para a construção da tão sonhada queijeira comunitária, que traz consigo a esperança de dias melhores a esses agricultores familiares. A construção deve ser finalizada em meados de agosto deste ano.
“Quando recebermos a nossa queijeira, a capacidade de produção, que hoje é artesanal e gira em torno de 50 quilos de queijo manteiga e coalho por dia, vai saltar para 500 quilos. Uma mudança não apenas no quantitativo, mas principalmente na questão sanitária. Estaremos totalmente adequados e prontos para oferecer aos consumidores um produto de qualidade e, melhor, produzido dentro dos padrões higiênico-sanitários, o que significa que poderemos alçar voos no grande mercado, sem a presença de atravessadores”, comemorou o presidente da associação, Valdenor Silvestre de Oliveira.
Atualmente esses beneficiários vivem a partir da agricultura familiar e da pecuária, beneficiando parte do leite produzido na comunidade nas próprias residências ou em estruturas adaptadas inadequadamente. Mesmo estando fora dos padrões exigidos pelos órgãos de fiscalização, essa atividade é a base de sustentação econômica para muitas famílias, direta e indiretamente.
“Agora, com a estrutura e equipamentos apropriados, nosso leite será a matéria-prima para a produção de nossos próprios produtos, que vão variar de queijos e manteigas até bebidas lácteas. Tudo que pudermos aprender, colocaremos em prática. É o nosso sonho se tornando realidade”, pontuou Valdenor.
Para essa realização, o Governo do Estado está aplicando mais de R$ 490 mil na construção da queijeira e aquisição de equipamentos, sendo R$ 165 mil somente nas obras. Os investimentos são por meio do Projeto de Desenvolvimento Sustentável do RN - Governo Cidadão e pela Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sape), a partir do acordo de empréstimo com o Banco Mundial.
Para poder manter a execução das obras neste período de pandemia do Coronavírus, a Silva Cruz Engenharia, empresa executora responsável, assinou um termo de compromisso com o Governo do Estado, de maneira a proteger seus operários com EPIs necessários, exigindo distanciamento de segurança entre eles e garantindo álcool 70% e sabão líquido para a higiene das mãos.
